domingo, 27 de novembro de 2011

Versos para a Rosa Púrpura


Nas noites escuras do mundo, Tu, rosa púrpura, és regada ao desconsolo e brotas no asfalto molhado pela neblina da noite. Quem dera eu pudesse colher-te das encruzilhadas, das vielas escuras e escarnecidas, curar-te as feridas com a minha poesia humilde, vislumbrar tua beleza tão cheia de pejo. Queria eu somente experimentar desse néctar que escorre compassado de teus lábios, e assim reencontrar-me em mim mesmo, como quem nunca soube ao certo quem foi um dia. Quem dera, tu não jogasses essa tua pureza fora, nos braços qualquer dos sonhos passageiros e noturnos. Escuta agora este mar que bravio clama em meu nome, sente este vento que agora de certo toca teu rosto,
esforça-te para ao menos uma vez ler as linhas que a vida escreve, e eu sei que em algum momento, irás perceber quão grande e sincero é este meu amor, capaz de contentar-se apenas com teu olhar indiferente e teu sorriso quase sem força.


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