quinta-feira, 24 de novembro de 2011

MOrte Ao AnOiTeCeR (melancolia dos sonhos)

Morte, quem dera eu pudesse enxergar ao menos uma vez essa tua face, para que esse medo que na madrugada fria me corrompe pudesse encontrar seu fim. No entanto, me persegues por dentre as vielas da vida como se teu prazer fosse enxergar o desespero em meus olhos. Quando estou com os olhos abertos, tu modifica a realidade, e quando eu os fecho, tu se põe a desfigurar meus sonhos.
  Nada porém foi pior do que esta noite. Tu nunca estivesses mais perto de mim como nessa última noite. Sem nenhum esforço eu tive a sensação de sentir teu rosto rente ao meu, e empalideci. Busquei todas as forças que o infinito de minha vontade ainda guardava, em uma tentativa de conter-te e até quem sabe te vencer, mas não consegui fazê-lo. Tua ira parou o tempo, rompeu esses braços meus que te cotiam. Depois foi somente o silêncio, as lembranças que voavam pelos ares assim como aquele corpo que do, alto de meus sonhos, se entregou no teu aconchego. Ainda chorando derrotado por minha própria fraqueza, só pude ainda balbuciar um ADEUS.

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