quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Carta ao amor distante

Ah, minha amada,

     Daqui de onde estou ainda fixo o meu pensamento em tuas ultimas palavras antes de nosso adeus. Renovo em mim, sempre que possivel, a esperança de retornar e encontrar novamente teus braços abertos para mim, e agora, as luzes dos postes, meio fracas pelo tempo de uso, me lembram teu olhar simples, cativo, fixo sempre em meu futuro. E foi assim que por muito tempo eu fiz minhas escolhas: vendo o meu futuro refletido em tua retina.
     A areia da praia, que vem de longe, vai de encontro ao mar, num laço infinito e nauseante, e eu estou aqui, apenas admirando. Olho um pouco, e ao longe, nada mais do que um casal, sentado a beira do mar, trocando carícias e, certo, palavras de amor e frases feitas. O resto, é apenas silêncio e solidão preenchendo todas as arestas de minha vida, de forma que me sinto completo, mas estou completo é de memórias e sitilezas do amor, nada mais do que isso.
      É diante desse cenário que, movido por uma nescessidade impar, escrevi esta carta que agora deverás estar a lêr. Só assim, saberás que meu amor por você, em todas as suas formas, caras e manias, é sincero e de primeira nescessidade. Se um dia tu decidir por começar uma nova vida, ao lado de um novo algém, não sinta remorso, pois tudo isso é de uma naturalidade brautal. assim como o amor, o prazer é uma pista de mão dupla.

Com todo carinho do mundo, aquele que é todo teu