é este temor que me toma o corpo
quando me vejo diante do mesmo par de olhos
no esforço de cada palavra que sai da boca
temerosa, esperançosa;
O amor,
é a face humilde de cada alma
que na madrugada se contorce
em meio aos sonhos e devaneios
o pulsar do coração abaixo do peito
O amor
é o estremecer da aura
é renegar a vida e desejar mais uma hora
mesmo que seja para depois morrer
nos braços aconchegantes do pranto segredado
por baixo dos lençóis
O amor
é um trago de veneno
que nos traga por dentro
na cadência secreta
no encontro discreto
de lábios e línguas
vidas e rimas
de finais repetidos
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