Tem dias que a saudade
Brilha nos olhos tristes
E tudo muda de forma
Até o tempo muda de cor
Não há culpa em quem sofre
Mas pode haver alegria em quem grita
E vivendo se faz um poeta
Um pobre poeta da vida
Contudo,
Poesia ou mera ilusão
A vida deixa ser descoberta
E na hora certa
Até encoberta pela nossa mão
O que é o homem
Senão o asfalto aonde o tempo pisa
Somos meros ladrilhos desalinhados
Somos meras histórias mal- lidas
Somos esse monte de carne
Ossos, verdade e pensamentos
Ao dissabor vento forte
Que vem do norte, já morrendo
Somos fino barbante
Entre o misero instante
De nossa vida e morte
Somos dados jogados a sorte
Belissimo!
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