segunda-feira, 2 de abril de 2012

Novo rosto, velho sentimento


"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo"
Mario Quitana.  


E de repente, quando você menos espera, surge em toda a sua simplicidade a revigorante força de um novo e sincero sentimento. Não sobra mais espaço para o choro e nem para o remorso, mas sim para o pensamento que voa longe, tentado reconfortar-se de alguma forma nos braços de quem se ama. A garganta de repente fica seca, as palavras fogem da memória e somente nesse desespero compreendemos que o amor é feito e mantido por atos, e não por palavras.

Não sei como e nem por que, mas as vezes a vida não te pergunta se você está preparado e te muda o jeito de enxergar as coisas, por que o amor é essa abertura nos olhos da alma. De repente, você está contagiado e não existem mais problemas tão grandes quando a distância, e alegria maior do que a que cabe em um abraço: o amor também tem destas mudanças nas medidas do nosso cotidiano, e se quiser um exemplo, os minutos que parecem horas sem fim lhes serão de bom uso.

A vida agora é regada de esperanças e esperas, pois para minha infelicidade existem barreiras, mesmo que finitas, e meu coração fraquejante em parceria com o meu amor próprio caído por terra, as vezes, me fazem pensar em desistir. Esse leva e traz nauseante de vontades e empecilhos vai me deixando inebriado, vez por outra até louco em minhas conclusões. Nunca alguém pôde ser tão perfeita, singular e praticamente intangível, contudo, diga isso ao meu coração, agráfico no sentir e no desejar: sim, só o que me resta é esperar da vida uma resposta.

20/04/2012
23:47

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