domingo, 8 de abril de 2012

Eu opto por não optar

Assim falava Zaratrustra
Friedrich Nietzsche
Dos caminhos do Criador
"Toda a solidão é um erro- diz o rebanho- e tu fizesse parte do rebanho por muito tempo"


Eu já não me sinto tão adequado como antes fui. Já não me sinto tão socialmente correto e nem sei se isso é uma coisa boa. Não sei o que é bom e o que é ruim, pois perdi o senso crítico, ou inconscientemente me abstive de fazer escolhas, optar por algo, ou para piorar as situações, um alguém.

É você acordar pela manhã e, de repente,começa a entender o sentido de muitas coisas da vida, mas, quem disse que o povo quer saber da vida? O povo só quer saber de significados, conclusões, sem saber que a vida é algo tão abstrato quanto nosso pensamento. A vida, por assim dizer, é algo para ser unicamente sentido, não estudado, nem dogmatizado por pensamentos minimalistas e resumidos.

A sociedade, infelizmente, optou pela escuridão de ideias, pelos disfarces de intenções, e quando aparecem pessoas que decidem entrar por outra vereda, elas são tachadas, mortas, descriminadas. De repente, de um mero participante do sistema, você passa a se tornar o alvo de todo desprezo para os que lhe cercam . É difícil par alguém acostumado ao conformismo se deixar ser maleado por alguém com ideias diferentes, com o olhar voltado para outro horizonte. É desejável muitas vezes ser cego e tornar cego aqueles que enxergam outras coisas além do que lhes cercam, pois assim tudo fica sobre controle.

Eu não quero fazer parte do rebanho, das multidões indiferentes as suas essências particulares, das cidades fervorosas num nada absoluto. Esse não é o mundo que eu ando planejando e, se não posso mudar o que já está condenado, crio eu meu próprio mundo, declaro liberdade ao pensamento, digo adeus ao tormentos daqueles que optam por não optar.


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