segunda-feira, 16 de julho de 2012

Functio Temporis

"Não gosto de pensar no Futuro, ele chega rápido demais"
Albert Einstein

Não quero encontrar um amor para sempre
Nem ser diferente de todo mundo, quando isso é ser igual a todos
Eu não quero escolher pelos outros
Não quero acertar sem que eu nunca tente

Eu quero todas as marcas que eu tiver direito
A primeira lágrima, o ultimo beijo
Tudo muito discreto e quase perfeito
Tudo com um pouco de receio, de desatino

E sendo hora homem, hora menino
Eu vou me contra-argumentando lentamente
Me colocando na grande lente de contato
Que a razão, vez por outra, nos dá por emprestado

Eu vou difratando as minhas idéias
Num prisma de acasos e voltas
As revoltas brandas e poéticas da adolescência
A inocência da verdade amalgamada na Infância

E sem perceber, me pego nessa ciranda do tempo
Nesse momento nostálgico dentro de mim
Esse saudosismo, essa prostração
Esse amor pelo meu pedaço de chão no passado
Esse calor que entra pelas arestas do meu quarto

Tudo vibra, Tudo revive e revira por dentro
Se ampara nos tormentos das minhas conclusões
E assim vivo eu, sorrindo e sofrendo
Vivendo, de invernos e verões

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