segunda-feira, 7 de maio de 2012

Imenso Azul (Inspirado em Nocturno- Chopin)

Daqui de onde estou ainda pareço enxergar-te por entre os vidros da janela, distinguo tua sombra em meio ao escuro da noite e refaço teus passos por sobre a areia da praia, tentando entender teu mundo, tão profundo, tão cheio de arrecifes e mares de lágrimas que brotam dos teus olhos de descrença. Teu rosto ladrilhado pela solidão agora reflete a luz das nossas vontades, tão grande que ofusca o brilho do luar imponente no céu, mesmo que por alguns segundos. E em tudo somos sutis, somos detalhistas. posso distinguir o brilho de cada estrela na tua retina, na tua alma. Nos entregamos aos abismos, esquecemos de nós, e só assim descobrimos quem somos de verdade, só assim alçamos velas nas trevas de cada dia, seguimos a diante com nosso sonho, rumo a aurora que nos espera, a aurora do futuro, de nossas esperanças. Tudo em nós é contagiante, e tudo em nós grita a todo instante pelo complemento, pelo afago e mérito ao fim da busca. E nesses momentos tão sublimes ao teu lado, eu percebo que amor não tem nada a ver com outra coisa senão a coincidência de seguir o mesmo caminho de outra pessoa.



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