A poesia da minha vida anda incompleta, e me resta por fim procurar, todos os dias, sentimentos que rimem com os meus sonhos, mesmo que por pouco tempo. Eu preciso encontrar sustento nas promessas alheias, mesmo que passageiras, por que minha perdi minha paz e vivo inquieto a procura de respostas que eu achava que tinha comigo mesmo. O fervor dos meus dias agora rodopeia em meio as ruas áureas de minhas lembranças, enquanto que aqui por fora, por entre os olhos e o sorriso, me sobra contentamento, me sobra as migalhas das tão grandes vontades, vertidas em nada. Tenho aprendido, passo a passo, a ser quem sou, já que havia aberto mão disto para tentar ser o que ela sempre esperou que eu fosse, e eu fui, intenso e completo, pena que não saciei a sua fome de sonho.
Apesar de tudo, nenhuma mágoa profunda, nem nada que deixe mancha em nossas histórias e verdades, apenas uma vontade sempre contida de tentar viver tudo novamente, vendo nos gestos do presente uma porta para reviver o passado. Além disso, nada demais, apenas a vida sem graça, contida nas poucas palavras e sorrisos sinceros, apenas as mesmas manias, as mesmas vontades de antes. Mas não adianta ficar a me lamentar, pois as mudanças em minha vida, são de responsabilidade minha e de mais ninguém, me resta por fim reunir as ultimas forças resultantes deste desgaste e seguir adiante, é para isso que servem os dias: para nos mostrar que, acima de tudo, cada abrir de olho é a chance de não se cometer o mesmo erro, e assim, acertar mais uma vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário