quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Viver mentindo e continuar morrendo

A mentira é como uma guerra, afinal, não há como envolver ninguém sem também se envolver. É uma pré- disposição a auto- ilusão; É ver o abismo e mesmo assim querer se jogar; É o homicídio de nossas próprias ideias.

Não sei qual o tamanho da perna da mentira e nem sei qual o tamanho da ferida que ela deixa em cada um. Eu, limitado que sou, só pude algumas vezes seguir o seu rastro tão inconstante e encontrar os sorrisos que ficaram a beira do caminho.É preferível a solidão do que a mentira, por que na solidão nós somos livres pra tentar, e na mentira, presos demais para viver qualquer realidade.

Fingimos que não sabemos mais amar, por que amar é difícil, e sem amar o outro nós já não nos amamos mais. Fingimos não saber mais rir por que para sorrir é preciso força, e sem sorrir com o outro nós já não temos força pra nada. Ser únicos só nos torna dependentes, e ser dependente do outro só nos torna mais forte, mais vivos. Na mentira, porém,  nós morremos: nós nos esquecemos de não nos esquecer. 

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