Eu sigo com a voz embargada
Por dentre as estradas de uma vida penosa
E a toda hora olhando pros ceus eu faço uma prece
Pedindo que a chuva venha para que eu regresse
Na mala, os sonhos e os desejos
Nos olhos, as marcas da partida
Mas no pensamento, nenhum rancor
Por essa tão injusta vida
Pois o sofrimento é coisa simples
Coisa irremediavel de qualquer vida
O que varia é o tamanho da ferida
Que vai deixando na gente
Sinceramente, de importante eu não tenho nada
Morei em casa de lata, alpendre e alvenaria
Fiz do pranto de meus irmãos uma poesia
Com a felicidade presa numa rima escarssa e alternada
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