quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Meu amigo silêncio


Já é tarde da noite, e tu silencio amigo, estás aqui novamente, ao lado deste teu pobre admirador de longa data. Só tu poderias me amparar neste momento, aonde as lembranças insistem em me atordoar. Já estava esperando mesmo a tua visita, já que parece que eu não vou mais dormir hoje. Melhor assim, sobra mais tempo para por as lembranças em calmaria.
Nem preciso te falar muito que é que penso: você já pode presenciar meus choros e agonias. A vida anda cada vez mais complicada, até parece que a nova piada do século sou eu. Reencontro velhos amigos, experimento coisas novas, e mesmo assim a cabeça não relaxa no travesseiro: eu não consigo esquecer os problemas. É o medo do amanhã, o receio do hoje, é a ferida mal cicatrizada e ainda profunda.
Somente ela me faz, por algum tempo, esquecer não só os problemas, mas tudo em minha vida. Tu sabes de quem falo, pois foste tu meu confidente fiel das noites em claro, dos versos tão cheios de sentimento. Silencio, no teu ultimo gesto de irmandade, leva minhas saudades para longe dos corações.

29/05/2010

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