segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Amor...


          Amor, será que você não percebe que essa tua verdade, dura e que muda a cada hora só me faz mal? Será que tuas vontades são um eterno carnaval de fantasia, e que a toda hora encontra sua quarta feira de cinzas, aonde por fim só me sobra à desconfiança, a descrença. Logo eu, já quase convertido à doutrina do acalanto teu, segredado na noite fria. Logo eu que entrego meu espirito diante da paz da tua voz, estou sendo levado a um ateísmo profundo nas coisas que são sinceras e do coração.
          As lagrimas desejam, por fim, recair sobre o meu rosto, mas nem mesmo a força necessária para tal coisa me resta. Esse desengano com o qual me presenteias, pedaço por pedaço, somente aumenta a chama da agonia em meu peito, de forma que as possibilidades que nos rodeiam parecem querer me ver um tanto quanto desvairado. No entanto, louco ou não, eu sei o quanto tua presença, em corpo, alma ou sentimento, me transforma, me faz ser quem eu realmente deveria ser.
         Eu vivo o teu mundo, de corpo, alma e humildade, mas parece que tu não o fazes, de forma que te aborreces com algumas coisas perdidas em minha vida que te atingem de raspão, e às vezes a queima roupa. Parece até que nossas palavras se perderam em qualquer lugar, menos em tuas memorias. Infelizmente sofro, por que eu ainda as guardo, no fundo do peito, longe de qualquer desconfiança.
         Nós prometemos nunca deixar a chama do nosso amor se perder em qualquer brisa, usando o carinho de nossas mãos para nos manter felizes, e o calor de nossos corpos para sermos em fim um só. Talvez o nosso erro esteja sendo o de enfrentar a vida com muita maturidade, quando o amor é coisa simples, é a magia da inocência em viver um sonho a dois.

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