Eu escrevo na irá, eu confesso
mas também escrevo no amor,
e não sei se o que faço é certo
afinal, é tudo tão incerto
é tanta saudade,
tanta dor
Meus sentimentos andam reduzidos
eu derramo um pranto antigo
cortando o silêncio de minh'alma
entreaberta entre os amigos
os desejos feridos em demasia
Não sei mais se quero a agonia
de ser feliz pouco a pouco
Não sei se estou louco ou é a poesia
que pouco a pouco me inebria
me contagia o corpo.
eu só sei que parado não fico
não fico rico, nem ridicularizado
nem feliz, nem amargurado
eu apenas não sigo, e fico
permaneço, existo
perdido no tempo e no estado
vendo os planos antigos no fundo do lixo
vendo as chaces de um melhor futuro
em um álbum velho de retratos
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