terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Antropofazeres

Meu corpo se esgueira
por um corredor tropical a meia-luz
carrego minha cruz, sem força
fujo da forca, perco a cabeça

Entre praias e estacionamentos
vivo com neo- nômade de sentimentos
discernindo o tudo do nada
as ruas escuras, as luzes acesas,
as portas fechadas

Quanta ânsia! quanto sonho!
quanta vontade brotando as 4:30
por entre a multidão incontável
que tenta levar a vida de bom grado
sem esquecer da sorte, da morte
da sina

O homem grita no centro, no cerne
e de tão cego não sabe pra onde segue
"Antropofazeres" de proletário, de produto escasso,
que não sabe pra onde segue

Nenhum comentário:

Postar um comentário