Algumas mal traçadas linhas para poetizar minhas manhãs,
(17/10/14)
Sou forasteiro de mim mesmo
em uma caminhada cheia de coisas vazias
não sei do que eu gosto, do que desgosto
não sei se eu fui, se vim: eu estou apenas indo
admirando as inéditas repetições
com os seus detalhes ignorados
revendo as novidades que no passado ficaram sem revelação
é uma grande refazenda do incriável
uma paisagem interminável dentro de cada afinidade
e um olhar distante ...
apressado por desconhecer tudo aquilo que há dentro de mim
com vontade de ser perdido, de sentir dor até não saber descrever
e ser feliz por não saber definir-se, nem em seus pequenos desejos humanos
se desconhecer, se esquecer
dormir em paz sem questionar sobre nada nesse mundo
dormir dormente ao ponto de não sentir a própria existência
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