quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Por dentro um do outro - pensamento vago de amor inteiro














Meus olhos são duas grutas escuras e escondidas de onde jorra, translúcido, o desequilíbrio de minhas lágrimas. É uma porta entreaberta por onde espias minha alma acanhada. No silêncio da cidade morna, tu e tuas vontades entram pela porta, nos trancas um por dentro do outro. Vejo em tua vida o brilho que ainda me falta, e sinto em meu corpo o calor que ainda não habitava na tua epiderme que agora se arrepia no atrito contemplativo de meus dedos por tua pele. Decidimos nos consumir sem nenhuma objeção ou ressentimento, e simplesmente enfeitar nossos corpos com nossos carinhos e perder as contas dos beijos que sufocam a saudade por infinitos instantes.

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